No vídeo intitulado “Iansã, humilhada por Ogum, Amaldiçoada por Obaluaiê, casa-se com Xangô” no YouTube, Iansã continua sua narrativa:
Após escapar do cemitério, chorando e arrependida do que tinha feito, Iansã correu pela floresta, mas os eguns, os espíritos dos mortos, a seguiram implacavelmente, e ela não sabia como se livrar deles. Foi nesse momento que ela encontrou Xangô, o orixá do fogo e do trovão, o Rei de Oió e o mais poderoso dos orixás. Xangô a viu em sua forma de búfalo e se apaixonou por ela instantaneamente.
Ele a questionou sobre quem era e o que fazia ali, e Iansã compartilhou sua história com ele. Com compaixão, Xangô se ofereceu para ajudá-la a escapar dos eguns, mas com uma condição: ela deveria se casar com ele e viver em seu palácio. Iansã aceitou, mas com uma condição própria: Xangô nunca deveria traí-la nem abandoná-la.
Xangô concordou com a condição e a levou para seu palácio, onde já tinha outras mulheres. Ele compartilhou com Iansã o poder dos raios e da eletricidade, dando-lhe seu machado de duas lâminas como símbolo de seu amor. Além disso, Xangô a protegeu dos eguns com seu fogo sagrado, fazendo com que eles a respeitassem como sua rainha.
Iansã encontrou grande felicidade ao lado de Xangô, e eles eram companheiros de aventuras e paixões. No entanto, nem tudo foi perfeito em sua relação, pois Xangô era volúvel e infiel, frequentemente se envolvendo com outras mulheres. Iansã, por sua vez, era ciumenta e vingativa, incapaz de tolerar as traições de Xangô. Isso levou a muitas brigas e desentendimentos em seu relacionamento, mas também a muitas reconciliações e momentos de ternura.
Eles eram como fogo e vento, às vezes se unindo e às vezes se separando, mas nunca se apagando. Eles eram Iansã e Xangô, os senhores da tempestade. Essa é uma das muitas histórias de Iansã, a deusa dos Ventos, dos raios e das tempestades, uma guerreira valente e uma mulher apaixonada, que também é a senhora dos eguns, os espíritos dos mortos.
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